Registar um domínio é o primeiro passo para assegurar uma presença online distintiva e fácil de lembrar. Um nome de domínio, como exemplo.pt, atua como um rótulo legível que se traduz numa série de números (endereço IP) através do Sistema de Nomes de Domínio (DNS). O processo de registo é regulamentado por entidades internacionais (ICANN) para gTLD e por organizações nacionais para ccTLD, garantindo que cada domínio seja único. Entre as etapas estão a escolha do nome, a verificação de disponibilidade, o cumprimento de requisitos técnicos e administrativos, e a publicação do domínio na rede global.
O processo inicia-se com a seleção de um nome adequado à marca ou ao propósito. É importante optar por um conjunto de caracteres memorável, curto e sem carateres especiais não permitidos. Em seguida, escolhe-se a extensão: um gTLD (.com, .net) ou um ccTLD que impõe normas próprias (.pt, .es, .uk). A disponibilidade do nome é verificada através de serviços de pesquisa disponibilizados pelos registrars ou via consultas WHOIS. Caso o nome esteja ocupado, é necessário considerar variantes ou domínios alternativos.
Um registrador acreditado (registrar) faz a intermediação entre o utilizador e o registry. O registry é o organismo que mantém o banco de dados central de um determinado TLD, enquanto o registrador é a empresa autorizada a vender, configurar e renovar domínios. Antes de criar uma conta, recomenda-se comparar registos de preços, qualidade de suporte, funcionalidades adicionais, política de privacidade e condições de renovação. A escolha de um bom registrador facilita todo o processo de gestão do domínio.
Na criação da conta junto ao registrador, o utilizador fornece dados requeridos pelo WHOIS: nome, empresa (se aplicável), morada, email e telefone. Estas informações podem ser públicas, a não ser que se opte por um serviço de privacidade WHOIS que as ocultará de pesquisas públicas. Além do contacto principal, podem ser registados contactos técnicos e administrativos. Alguns ccTLD exigem ainda a submissão de comprovativos de residência ou identificação antes de aprovar o registo.
Após introduzir os dados e efetuar o pagamento, o registrar submete o pedido de registo ao registry através do EPP (Extensible Provisioning Protocol). O registry analisa o pedido, verificando o cumprimento das normas de formatação (comprimento, carateres permitidos) e requisitos locais (residência, objeto social). Se validado, o registry inclui o domínio na sua base de dados e gera registos NS que delegam autoridade aos servidores de nomes especificados. O registrar notifica então o utilizador da conclusão bem-sucedida do registo.
Concluído o registo, o registry publica o novo ficheiro de zona nos servidores raiz e TLD, tornando-o visível a todos os resolvers DNS. O utilizador deve então apontar os nameservers no painel do registrador ou num serviço DNS dedicado, e criar registos DNS (A, AAAA, CNAME, MX, TXT) para direcionar o tráfego web, correio eletrónico e outros serviços. Esta operação, conhecida como propagação DNS, pode levar até 48 horas para se propagar globalmente, dependendo do TTL configurado.
Os domínios são registados por períodos definidos, geralmente de um a dez anos, e requerem renovação para manterem a validade. Ao aproximar-se a data de expiração, o registrador envia avisos para o email do titular. Se não renovar a tempo, o domínio entra num período de carência (grace period), durante o qual ainda pode ser recuperado com o preço normal. Posteriormente, inicia-se a fase de redenção, implicando custos adicionais, antes de passar ao estado Pending Delete e ficar disponível para novos registos.
Para reforçar a segurança e a gestão, há vários serviços complementares. O bloqueio de transferência (Domain Lock) impede mudanças não autorizadas entre registrars. O DNSSEC adiciona assinaturas digitais aos registos DNS, protegendo contra falsificações ou envenenamento do cache. A autenticação de dois fatores no portal do registrador aumenta a segurança do acesso. Monitorizações automáticas detetam alterações inesperadas no WHOIS ou tentativas de apropriação indevida. Seguir estas boas práticas assegura a integridade e a continuidade do domínio a longo prazo.